segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Doctor Lidington, I presume?

(...) So I did that which I thought was most dignified. I pushed back the crowds, and, passing from the rear, walked down a living avenue of people until I came in front of the semicircle of Arabs, in the front of which stood the white man with the gray beard. As I advanced slowly toward him I noticed he was pale, looked wearied, had a gray beard, wore a bluish cap with a faded gold band round it, had on a red-sleeved waistcoat and a pair of gray tweed trousers. I would have run to him, only I was a coward in the presence of such a mob, - would have embraced him, only, he being an Englishman, I did not know how he would receive me; so I did what cowardice and false pride suggested was the best thing, - walked deliberately to him, took off my hat, and said, 'Dr. Livingstone, I presume?'

'Yes,' said he, with a kind smile, lifting his cap slightly. (...)


Não, não é Livingstone, embora ambos tenham andado por África. Nem Livingtone, nem Lington. Nem Liminton, nem Linton. Nem Liniton, nem Lee-mee-ton. Nem Linguiton, nem Libinton. Nem Leasinton. Nem Ligdinton. Nem Líbido, raio. Nem Liguinton. Nem Riguinton. Tampouco se pode escrever em sms Ldntn. Acho mal. É um nome bonito e que merece o respeito de ser bem pronunciado (logo eu que não sei fazer transcrição fonética: Lí - ding - ton.

O Chefe Nacional do CNE chama-se Luís Lidington. Lindo nome, sim senhor.

O que os outros dizem de nós #1 (Atrasadinho)

Exactamente. Estou-me nas tintas para o politicamente correcto. Ora, quis este ilustre blogger anónimo postar em 2004 uma piadinha nova que tinha ouvido sobre os scouts (não tarda, uso indistintamente a palavra escuteiro e escoteiro, a ver se estimulo o acordo ortográfico Portugal/Brasil). Ora a piada é requentada, e não está na net. Está em todo o lado e qualquer bom escoteiro (viram?) a sabe.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Desabafo#1

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, já dizia o poeta.

Sabem, incomoda-me um bocadinho aquela história de que os miúdos de hoje já não são “feitos da mesma massa”, querem que se trabalhe por eles e para eles;

Incomoda-me quando alguém do alto da sua superioridade, baseada num par de anos mais em cima, me diz: “Não compreendes, isto não é como antigamente”;

Incomoda-me quando me dizem que nós já não sabemos viver o Escutismo, que somos uma autêntica geração rasca, empenhada em jogos fúteis e ideias vazias, em reuniões na sede a magicar como passar o trabalho ao próximo.

Chateia-me quando me dizem que os Exploradores são uns miúdos mimados, que os Pioneiros andam demasiado ocupados com noitadas e afins, e que os Caminheiros são uns bons-vivãs, ou “cús sentados”.

É que, infelizmente, ainda se conhecem Dirigentes que não deixam os seus Exploradores fazerem construções porque isso implica muito tempo, espaço e trabalho a ensiná-los; porque ainda há Dirigentes que negam actividades a Pioneiros só porque está a chover e porque ainda há Chefes de Clã que se recusam a partir em Actividade com os únicos 4 elementos que se dignam a aparecer.

Compreendo que haja uma série de coisas a fazer “lá fora”, motivações diferentes e até compreendo que os miúdos estejam mais empenhados em outras coisas e haja cada vez menos elementos empenhados em fazer Escutismo a sério. Mas parece-me que o problema não estará apenas na minha geração nem nas futuras, mas muito provavelmente no pseudo-conflito de gerações.

É que, na minha sincera opinião, torna-se complicado para os elementos verem permanentemente as “asas cortadas” pelas alegadas faltas de tempo, de recursos..e vontade.

Felizmente, esta não é a realidade do meu Agrupamento, mas vê-se tanta coisa por aí...fica o desabafo e um Agradecimento a todos aqueles Dirigentes que ainda têm a coragem de levar os seus elementos aonde eles querem e trabalham para ir.

Canhotas

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Enquanto procurava um link para a inexistente página da AGP para a incluir aqui ao lado...

... encontrei isto. Antes de todos os fóruns, havia isto. Gostei particularmente da parte de ver os CNEs a arder.

Para a malta que tenha tempo e vontade de aprender uma língua a sério

Se pudesse, ia aprender árabe, mas nem sequer sou candidato prioritário.

150 anos do nascimento de Baden-Powell

Gostava de conhecer o motivo de tanta euforia em volta da data do aniversário de BP. O que me entusiasma diariamente é o seu legado, não o facto de ter nascido há 150 anos. É mais uma efeméride.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

A luta desigual...

Vida ao Ar-Livre...

Será assim tão estranha a expressão em pleno século XXI? Será um assunto tabu para as diversas pessoas deste planeta?

Pois bem, resolvi escrever esta pequena reflexão pensando na sua vertente educativa, cada vez mais deturpada ou proibida por força legal e dos diversos instrumentos jurídicos presentes no nosso país.

Sempre me lembro do trabalho invisível que o brincar na caixa de areia me proporcionou, das constantes esfoladelas e arranhões presentes na minha infância e do uso do desinfectante de Deus – A saliva. Recordo com saudades os tempos em que me era permitido jogar à bola no meu bairro, andar de bicicleta para ir fazer os recados à minha mãe e ainda mais as explorações do desconhecido Mundo Natural.

Que saudades, do dilema entre Gripe ou um joguinho de futebol no pátio descoberto do liceu, e quando o dilema era subir a uma árvore ou ir para casa jantar...

Bem sei que cresci, sorte tinha o Peter Pan que escolhia o quando sair daquele Mundo!, mas aprendi que aqueles tempos foram fundamentais na minha formação como cidadão deste Mundo.

Com as minhas expedições aprendi a respeitar a Mãe Natureza, a preserva-la, a acarinha-la, a sentir-me em casa em qualquer canto e acima de tudo conheci-me a mim mesmo. Por muito poético que esta descrição possa parecer, sofre sempre do defeito do efeito descritivo uma vez que tenho sensações e momentos de aprendizagem para os quais não encontro palavras que consiga usar para contar esses episódios.

Mas a sociedade actual luta desesperadamente pela preservação destes locais sagrados de educação, esquece-se é de promover o contacto das nossas crianças e jovens com esta “escola”. Será o medo do desconhecido que nos leva a privilegiar as consolas de jogos de vídeo, os aparelhos de DVD e as idas ao Macdonald’s a uma boa churrascada em família?

Vejo-me na actualidade de mãos atadas, apesar de querer usa-las na educação de crianças e jovens. É verdade sou daqueles senhores, que apesar de terem crescido e estarmos com um friozinho considerável veste os seus calções e meias até aos joelhos num qualquer sábado de Janeiro.

Também sou daqueles que leva um pequeno grupo de crianças ou jovens para “o meio do mato” em pleno Carnaval, ou que procura fugir do Algarve com estas mesmas companhias no caloroso mês de Agosto. Pronto apanharam-me, não consigo esconder que sou escuteiro.

Por força de diplomas legais vejo esta prática, assim como outras semelhantes, condenadas a dificuldades acrescidas por parte do nosso poder legislativo.

Se por um lado, por força de diplomas legais, somos obrigados a pedir inúmeras autorizações a diversas entidades (para que conste: Delegado de Saúde, Forças de Segurança Locais, Bombeiros Locais, Autarquias e Donos dos Terrenos), verifica-se que o processo de licenciamento de um acampamento ocasional nem sempre é fácil e barato como se pretende.

Digo isto, convicto das mais valias inerentes ao movimento idealizado por Baden-Powell, o da educação pela Acção, da Responsabilização Gradual do Jovem e pela aplicação de um método de educação não-formal. O actual quadro legislativo deixa a qualquer uma das entidades responsáveis pelo licenciamento a capacidade de impedir a realização de qualquer actividade ao ar-livre, mesmo as de âmbito Escutista ou Guidista.

Vejamos a actualidade dos factos:

Comecemos por falar de estilos de vida, quando falamos de vida saudável inconfundivelmente verificamos que neste novo século a obesidade infantil está cada vez mais na moda. Crianças e jovens com vidas sedentárias, com meios de aprendizagem tecnologicamente desenvolvidos são impostos como forma de acesso ao conhecimento e como se não bastasse a felicidade efémera realiza-se na aquisição de um telemóvel 3G, de uma consola ou de um simples leitor de MP3. De preferência trancados em casa, em frente a um ecrã de televisão e sem amigos reais da sua idade (para que quando podemos ter muito amigos em salas de conversa virtuais).

A criança e jovem do século XXI deixou de praticar actividade física, deixou de sair de casa e cada vez mais come mal. Serão os pais que não querem ouvir birras, ou será o stress diário que impõe soluções rápidas para evitar confusões?

Quem lucra com isto, serão as crianças que cada vez mais cedo isolam-se da companhia dos seus pares sociais ou serão as multi-nacionais produtoras destes equipamentos de isolamento?

Pergunto então, será mais perigoso comer hambúrguer ou subir a uma árvore?

Ao sobre protegermos os novos estamos a criar pessoas que no amanhã terão menos resistência a infecções, que serão menos conhecedores das suas capacidades corporais, que serão certamente dependentes de medicamentos para tudo e pior que isso – Que desprezarão a vida baseada na aprendizagem. Quem não se lembra das várias experiências de tentativa erro feitas em tenra idade, quantas vezes foram as que um papagaio ou um avião de papel voaram à primeira?

Estaremos realmente a proteger os nossos jovens, ao proibir o contacto com a descoberta do fantástico Mundo Natural. Ou será apenas uma desculpa, para que estes não sejam apanhados em acidentes de construção. O jovem de hoje, cada vez menos, conhece-se a si mesmo e não sabe utilizar o seu corpo como forma de alcançar êxitos.

Começo a conhecer aos poucos a frustração de campeões do ar-livre, pois simplesmente o que interessa em matéria de corpo é automatizar e formar Campeões Olímpicos. Já ninguém é campeão de atirar pedras a um lago e fazer peixinho, já ninguém é campeão de trepar a árvores e muito menos campeão de apanhar sapos.

Quem é que nunca correu um risco – Ninguém!

Quem é que nunca esteve em perigo – Ninguém!

O contacto com a Natureza e a vida ao ar-livre, apenas nos proporciona uma rica escola. Escola onde se aprende a viver apenas com o essencial, a dar valor aos pequenos nadas esquecidos entre o betão das cidades. Mas escola esta também condenada aos caprichos de quem vê apenas um lado da lei.

Quem impõe todo este conjunto legal pressupõe que o nosso país não sobrevive de taxas, impostos e mesquinhices. Qual a autarquia que não aproveita o seu estatuto de licenciador de acampamentos ocasionais para cobrar avultadas taxas de licenciamento, poucas estou certo. Qual a autarquia que tem orgulho em registar o maior número de acampamento ocasionais desburocratizados em seu território, que disponibiliza-se para tratar deste assunto ajudando os jovens a crescer – estou certo que uma minoria.

Para que estas brincadeiras continuem vivas são precisos parceiros compreensivos, que possam dar as mãos e que façam efectivamente caminho connosco. É preciso não procurar um regime de excepção a cada nova lei referente à vida ao ar-livre, mas sim procurar que as novas leis mesmo universais e abstractas sejam realistas e passíveis de serem cumpridas no Portugal actual.

É importante que deixem os jovens ter o contacto com a natureza, que os deixem esfolar-se e arranhar-se à vontade. É assim que aprendemos a levantar-nos – CAINDO.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

O novo portal do Corpo Nacional de Escutas...

vai ser lançado a 22 de Fevereiro. Deve ser por isso que ninguém responde ás mensagens de necessidade de actualização. Para criar suspense.

Está disponível neste endereço. O CNE ainda tem mais este. Já agora, sejamos proactivos. Se houver maroscas avisem, que é sempre bonito.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Que haya alegria hasta el final

Hay noches en que te sientes más humano y ganas fuerzas ante la maravilla del otro. Eso me ha ocurrido el sábado último, en una reunión de los Grupos de Pioneiros de la comarca de Valencia de la FEV del MSC.
Ignacio llegó acompañado de Juan Antonio (nombres falsos) para cenar, en su silla de ruedas, empujado por dos scouters que con ellos trabajan, en sus práticas de carrera universitaria. Los dos son enfermos terminales, han hablado con chicos de todos los grupos presentes. Han enseñado que el error es parte del hombre, pero que nunca es tarde para cambiar. Han enseñado que atracar bancos es moralmente más correcto que hacerlo lo mismo con tiendas, porque los primeros ganan dinero con el seguro. Han enseñado que no hay peor que la prisión y que peor que esta de muchos hombres es la droga, que lleva cada uno al carcel eterno. No han dicho que no estan limpios, que aún siguen con metadona. Juan Antonio no ha dicho que ha recaído más que una vez.
Ignacio está ciego, no tiene dos piernas, hace hemodiálisis tres veces por semana, pero sonrie cuando lo saludan, rie cuando habla portugues de sus tiempos en la frontera de Brasil con Uruguay. Juan Antonio tiene leucemia y 15 años de condicional. Siguen sonriendo. Hasta que cometan un error más, aprendendo. Juan Antonio ha descubierto el metro, Ignacio ha estado con su família por Navidad.

Gracias a Juanmi, Juan, y a todos los pioneros del Grupo Scout Pio XII por compartiren conmigo estos momentos.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Da falange que quer ser a Fraternidade Nun'Álvares

Diz a Infopedia que:


falange
substantivo feminino
1. ANATOMIA cada um dos ossos que formam o esqueleto dos dedos;
2. ANATOMIA o primeiro destes ossos, que constitui o esqueleto da extremidade proximal de cada dedo;
3. MILITAR corpo de tropa;
4. HISTÓRIA divisão da infantaria espartana e da macedónica, célebre pelo seu poder combativo;
5. POLÍTICA organização política e paramilitar espanhola inspirada no fascismo italiano;
6. SOCIOLOGIA comunidade de trabalhadores, segundo a concepção do filósofo e economista francês Charles Fourier;
7. grupo unido por uma causa comum;
8. figurado multidão; legião;

(Do gr. phálagx, «falange», batalhão macedónio de infantaria, pelo lat. phalange-, «id.»)

Dizem os estatutos da Fraternidade Nun'Álvares no seu artigo 2º, alínea c) (raios os partam que não têm links) que:

A Fraternidade Nun'Álvares tem por Fins: (...) c) constituir uma forte falange de APOIO ao CNE, na medida das possibilidades da Associação e de cada um dos seus Associados (...)

Espero que o significado de falange para o D. Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo, que pôs lá o nome dele para aprovar isto, tenha sido o presente nos números 7 e 8. Mas pronto, todos os anteriores ajudam a dar uma certa carga simbólica à FNA, por muito que a queiram evitar.
Quer ser uma falange, mas sorridente, pois claro.