segunda-feira, 28 de maio de 2007

O que os outros dizem de nós #2 (João Pedro Brandão no Roda Viva ou weblogs killed the newspaper's stars)

Que Arouca anda há muito numa roda viva por causa da Drave, não é novidade. Mais concretamente, por causa dos escuteiros na Drave.

Que as opiniões são subjectivas, também já o sabemos. Ora o senhor João Pedro Brandão, longe de ser jornalista, tem o direito de tergiversar sobre o que muito bem entender. Contudo, ignora "o sentido paisagístico e arquitectónico apropriado e (...) a realidade em que se insere aquela aldeia". A Drave. A dos escuteiros, pois. Antes, a dos Martins. O senhor João Pedro Brandão gosta de ser bota-abaixo e sabe pouco do que fala.

Que o senhor João Pedro Brandão pode dizer que os escuteiros são urbanóides, trajam de calção, lencinho e meia alta, que deliram quando vêem ervas daninhas e troncos, que uivam e são uma cambada a fazer trinta por uma linha, ninguém duvida.

O que o senhor João Pedro não sabe , é que os escuteiros têm lá estado quase todos os fins-de-semana, durante vários anos, fazer algo mais que um parque de campismo sobrelotado ou ocupar casas. Até porque isso, já o fizeram uma vez e não o voltaram a repetir. Foi há 6 anos e em qualquer conversa com quem saiba, poderá obter os esclarecimentos necessários. Os erros, em geral, assumem-se e não se repetem. Os escuteiros têm casas na Drave, que deixam abertas a quem quiser levar o que muito bem entender.

Ao senhor João Pedro Brandão, apenas uma sugestão: este vídeo. Ajudá-lo-á a perceber o que fazem os escuteiros na Drave e a perceber que não têm nada a esconder. Que ouvir as pessoas, por vezes, ajuda a formar boas opiniões.

Mas nem o vídeo está isento de erros. Todos erramos. Porque Drave já teve e poderá voltar a ter viv'alma durante a semana... Sempre que houver incêndios em casas ou roubos, ou campos de trabalho, ou férias, ou algum escuteiro ou amigo da Drave com saudades de lá ir. Porque o desenvolvimento sustentável não se faz com argamassas de cimento portland, num lugar que nunca o viu e sem ele, sempre viveu muito bem. São as coisas mal feitas, aquelas em que é necessário voltar ao princípio. Porque o meu colega Paulo Natividade acha que uma estrada até à Drave significa ataque a princípios éticos e morais (?).

Enquanto o Ribeirinho, o Ribeiro da Bouça e o Ribeiro de Palhais se juntarem no Ribeiro da Drave, até ao Paivó, ao Paiva e ao Douro, a Drave sempre estará ali, viva e com gente. Agora têm por lá estado os escuteiros nas casas deles. Dão certamente as boas-vindas a quem nelas quiser pernoitar. Até ao senhor João Pedro Brandão. A newspaper star.

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